Um e-mail de adeus

To saindo da empresa onde trabalho atualmente e escrevi um e-mail de adeus um pouco diferente co convencional. Abaixo ele na integra:

Cada pessoa tem o seu modo de encarar a vida e eu sou, muitas vezes, taxado de louco pela forma como costumo encarar a minha, principalmente em relação ao trabalho. A melhor forma de explicar algo que, muitas vezes, parece inexplicável ou só faz sentido para a gente é através de comparações. Comparo a minha relação com o trabalho, na Multimidia ou em qualquer outra empresa, com uma paixão (guardado as suas devidas proporções, é claro) que você quer fazer mais, quer dedicar mais tempo, não consegue se desligar, não consegue esquecer e que é, basicamente, movido por, desculpem a palavra, tesão. Se ele acaba, acaba tudo. O que muitos me perguntaram e, em diversos momentos, não soube responder o exato motivo para ter pedido o desligamento, foi isso: acabou o tesão. Tinha a opção de continuar um relacionamento meia-boca e ser feliz e sofrer todos os dias um pouquinho e continuar levando com a barriga, mas, definitivamente, isso não é para mim. Não vendo a minha alma por tão pouco.

Já faz algum tempo que aprendi que é impossível ensinar alguém ou alguma empresa que não quer aprender, é impossível mudar alguém ou alguma empresa que não quer mudar e por isso não condiciono a minha felicidade, minha realização pessoal e profissional a conclusão da obra, mas em saber que o tempo gasto, as gotas (de suor e lagrimas), os finais de semana, as horas a mais, os gritos, a tendinite, a gastrite e os diversos fios de cabelo a menos não foram em vão. Hoje, ao olhar para traz posso dizer: a Multimidia que estou deixando é uma Multimidia muito melhor do era dois anos atrás e, principalmente, que sou um profissional, uma pessoa muito melhor do que quando cheguei.

Obrigado a todos que me apoiaram, ouviram, sonharam, brigaram, xingaram, riram e choraram junto comigo, sem dúvida, se não fosse cada um tudo não teria acontecido como aconteceu.

Não quero apelar para nenhum clichê de despedida genérico como: “seremos amigos para o infinito e além”, “todos moram no meu coração” ou “nunca esquecerei de vocês e esses são os meus dados para contato”, pois os amigos que fiz sabem que são amigos para o resto dos meus dias, já, os desafetos... Não dêem bola, era profissional. J

Bem, agora para encerramento em nível de conclusão: se vocês acham que tudo isso que escrevi é um monte de merda e não vale nada...

Por favor, pessoal não vamos nunca mais no mundo perder o contato (Sim esse é mais um clichê de despedida), abaixo as formas de me mandarem para aquele lugar, me xingarem, me criticarem... Enfim, falarem comigo, pois esses são os meus dados para contato:


e-mail:
Telefone:
MSN:

1 comentários:

Anônimo disse...

Marcio, é isso ai cara! Entrei aqui por acaso, mas gostei muito do seu blog, sou exatamente assim tb, vc resumiu o que muitas pessoas passam no emprego, não busco reconhecimento, há muitos profissionais bons, apenas respeito... Tb adoro minha profissão, tenho tendinite direto, mas não passo de um office boy para minha chefe. Que bom poder deixar aqui o que penso. Hoje tenho 40 anos, e penso que só não encontrei o enprego com as pessoas certas, será que isso existe?
Um abraço.
Marcus Vinicius - interior de São Paulo