Dia do Churrasco e do Chimarrão

Sexta-feira, 24 de Abril foi o Dia do Churrasco e do Chimarrão!
Mazáaaa, gaúcho dos buenos adora um bom churrasco e um chimarrão bem topetudo!
Pois nesta sexta-feira, dia 24 de abril, são oficialmente homenageadas estas duas marcas registradas do Rio Grande:
-A lei 11.929, de 20 de junho de 2003, instituiu o churrasco como prato típico e o chimarrão como bebida símbolo do do Rio Grande do Sul e define o 24 de abril como o Dia do Churrasco e o Dia do Chimarrão.
*O interessante é que os dois tem características semelhantes de integração, ao unir as pessoas para sua execução e consumo!
O CHURRASCO:
Parágrafo único - Para os efeitos desta Lei, entende-se por churrasco à gaúcha a carne temperada com sal grosso, levada a assar ao calor produzido por brasas de madeira carbonizada ou in natura, em espetos ou disposta em grelha, e sob controle manual.
*O costume de assar a carne vem desde a descoberta do fogo e tornou-se universal.
Mas no Rio Grande do Sul, durante sua formação, devido à vasta quantidade de gado chimarrão (criado alçado, solto), e da forma nômade de viver dos gaúchos, a carne assada passou a ser usada por ser de fácil elaboração (e sem a necessidade de uso de panelas).
Com o tempo o costume foi se incorporando de tal forma à mesa do povo gaúcho que ninguém duvidaria que ele nasceu aqui! -E muitas vezes brigamos para defender isso -e o bairrismo nos dá sustentação, ora bolas!!!
O CHIMARRÃO:
A palavra chimarrão tem sua origem no vocabulário espanhol e português. Do espanhol cimarrón, que significa chucro, bruto, bárbaro, vocábulo empregado em quase toda a América Latina, designando os animais domesticados que se tornaram selvagens.
"E assim, a palavra chimarrão, foi também empregada pelos colonizadores da Prata, para designar aquela rude e amarga bebida dos nativos, tomada sem nenhum outro ingrediente que lhe suavizasse o gosto.
Marron em português, além de outros significados, quer dizer clandestino, e cimarrón, em castelhano, tem idêntico significado. Ora, sabe-se que o comércio de mate e o preparo da erva foram em tempos passados proibidos no Paraguai, o que não impedia, entretanto, que clandestinamente continuasse em largo uso naquela então colônia espanhola."
(Fonte: História da Erva-Mate, de Barbosa Lessa)
História
A tradição do chimarrão é antiga. Soldados espanhóis em 1536, chegaram à foz do Rio Paraguai. No local, impressionados com a fertilidade da terra às margens do rio, fundaram a primeira cidade da América Latina, Assunción del Paraguay.
Os desbravadores, nômades por natureza, com saudades de casa e longe de suas mulheres, estavam acostumados a grandes bebedeiras, que muitas vezes duravam a noite toda.
No dia seguinte, acordavam com uma ressaca proporcional. Os soldados observaram que tomando o estranho chá de ervas utilizado pelos índios Guarany, o dia seguinte ficava bem melhor e a ressaca sumia por completo.
Os primeiros jesuítas estabelecidos no Paraguai (posteriormente nas missões), fundaram várias feitorias, nas quais o uso das folhas de erva mate já era difundido entre os índios guaranis, habitantes da região.
O mate - O espanhol preferiu usar a voz "mate", da língua quíchua, e que se ajusta melhor à modalidade grave do idioma. A palavra quíchua "mati" era a designação da cuia. Substituiu a palavra guarany, caiguá, nome composto das vozes caá (erva), i (água) e guá (recipiente: recipiente para a água da erva.
(Fonte -Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore)

A LENDA DA ERVA-MATE:
Conta a lenda da Erva–Mate que um velho guerreiro guarani vivia triste em sua cabana, pois já não podia mais sair para as guerras, nem mesmo para caçar e pescar, vivendo só com sua filha Yari, que o tratava com muito carinho, conservando-se solteira para melhor cuidar do pai.
Um dia, receberam a visita de um viajante. A jovem cantou para que o visitante adormecesse, entoando um canto triste e suave.
Ao amanhecer, o viajante confessa ser enviado de Tupã e quer retribuir a hospitalidade, dizendo que atenderia a qualquer desejo. O velho guerreiro, sabendo que sua jovem filha não havia se casado para não abandoná-lo, pediu que lhe fosse devolvidas as forças, para que Yari ficasse livre.
O mensageiro de Tupã entregou ao velho um galho de árvore de Caá, ensinando-lhe a preparar uma infusão que lhe devolveria todo o vigor.
Transformou ainda Yari, em deusa dos ervais e protetora da raça Guarani, sendo chamada de Caá-Yari, a deusa da erva-mate.
E assim, a erva foi usada por todos os guerreiros da tribo, tornando-os mais fortes e valentes.
(Fonte -Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore)

0 comentários: