Ela me dizia...



Ela me dizia que meu amor não lhe dava segurança. E eu lhe dizia que quem quer segurança não deve buscá-la no Amor. É melhor contratar uma empresa. Mas ela, ingenuamente, insistia: queria que eu prometesse amá-la eternamente. Queria vínculos, promessas, alianças, papéis e confissões. Queria transformar-me de poeta em marido. Queria mudar quem sou. Queria transformar o aventureiro em chefe-de-família. Queria que eu matasse em mim exatamente aquelas qualidades que tanto a fascinaram no começo. Então, amorosamente, eu lhe dizia: Veja bem: segurança, certeza, estabilidade -- essas coisas você consegue apenas em relações mornas, cinzentas, tradicionais, medíocres... Comigo não! O meu amor será sempre livre, aberto, instável, incerto, inseguro... porém sincero, verdadeiro e maravilhosamente louco!

Meu amor terá sempre o brilho de um relâmpago!

E a mesma duração...

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